quinta-feira, 25 de abril de 2013

DEPOIMENTO/MARCIA CRISTINE

Meu depoimento:

Ao contrário de Danuza Leão, não compro qualquer livro que me indicam. Para mim a leitura não pode ser cansativa e sim prazerosa. O primeiro livro que ganhei foi "Contos de Aprendiz" de Carlos Dummond de Andrade. Acho que é por isso que gosto de ler contos ou crônicas como os de Luis Fernando Veríssimo. Os primeiros livros que comprei, sem serem os de Educação, foram de Agatha Christie com os mistérios a serem desvendados.
Roseli, esse Fórum é interessante porque nos faz recordar de nossos tempos de escola como alunos. Lendo o seu depoimento lembrei que também tive que ler os clássicos que você citou e que o professor de Português Oliveira Silveira (já falecido e famoso escritor do Rio Grande do Sul, sou de lá) depois de lermos o livro solicitado um grupo era responsável pela encenação, no meu caso foi "A Moreninha".
 Eduardo seu depoimento lembrando das professoras e professor que foram importantes para você lembrei da minha professora Maria Lia de Português. Na 5ª e 6ª série fiquei em 2ª época e tive que estudar muito para passar. Hoje acho que esse fato foi bom porque fez com que eu tenha atenção ao escrever (espero não ter cometido erros) e tenha o hábito de recorrer ao dicionário sempre que necessário.

Cronograma do Melhor Gestão, Melhor Ensino


PERFIL/MARCIA CRISTINE

Meu perfil: 

Olá! Sou professora efetiva de Matemática. Atualmente, estou designada PCNP de Matemática na Diretoria de São Bernardo do Campo. Gosto de conhecer novos lugares e ir ao cinema. Adoro flores.

APRESENTAÇÃO


Sejam bem-vindos ao Blog “Matemática para o Melhor Ensino”
 
 
Esse Blog foi criado por um grupo de Professores Coordenadores do Núcleo Pedagógico das Diretorias de Caieiras, Taboão da Serra, Itapevi, Osasco e São Bernardo do Campo para o curso de formação a distância de educadores do Programa “Melhor Gestão Melhor Ensino”. O curso é oferecido pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, por meio da Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Professores do Estado de São Paulo “Paulo Renato Costa Souza” (EFAP) e da Coordenadoria de Gestão da Educação Básica (CGEB). É voltado para todos os Professores de Matemática dos Anos Finais do Ensino Fundamental com o objetivo de colocá-los a par sobre a leitura e interpretação de conteúdos, habilidades e competências tratadas nos documentos oficiais do Estado de São Paulo.

Componentes do GRUPO 5

Professora Marcia Maria dos Santos 

Professora Marcia Cristine AyacoYassuhara Kagaochi

Professor Lúcio Mauro Carnaúba 

Professor Osmar Antonio de Lima 

Professor Nelson Rodrigues 

Professor Lucio José da Costa Neto

Professora Maria Denes Tavares da Silva

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Depoimento/Marcia Maria


Em depoimento a jornalista Danuza Leão fala que "lê qualquer coisa" assim como ela também sou assim tudo que chega em minhas mãos leio, não importa o que, mas devoro, sinto não encontrar mais tempo para tantas coisas que vejo e que as vezes ficam somente nas manchetes, não sei dizer ao certo quantos livros leio por ano, entre livros e artgos são muitos, necessários e por prazer, assim como a matemática a leitura e a escrita está presente 24 horas em nossas vidas.
Vejo a leitura como uma viagem através dos tempos e que quando prazerosa passamos a fazer parte da história. Quando li o depoimento da psicanalista Anna Verônica Nautner, onde ela disse que "ainda bem que poetas existem para falar sobre a dor do ressentimento, sentimento horrível que nos faz culpar outros" me fez recordar minha infância: filha caçula de seis irmãos a "quiridinha " da mamãe que quase não "vingou", criada sozinha como filha única, aos meus dez,onze anos quando meus pais saíam para trabalhar como ficava sozinha em casa para os afazeres domésticos e escolares, me recordei dos poemas que escrevia apaixonada por um colega de escola que não me dava bola, parava o seviço e aos prantos escrevia lindos poemas românticos (quanta bobagem), por várias vezes fiz isso, de vez enquando ainda os leio e como a psicanalista afirma em seu depoimento "sentimento horrível" vejo que poemas nascem de momentos do qual o paeta está passando através de dores, alegrias, paixões.... o que influencia as palavras escritas, assim eu também fazia e confesso que meus versos saiam entre lágrimas, pois representavam as emoções que sentiam naquele momento.

Depoimento / Nelson


        No meu tempo de E.F. não tinha condições de comprar os livros exigidos pelos professores, mas como sempre, arrumávamos emprestados os livros e tirávamos Xerox das páginas mais importantes e líamos, já na faculdade foi mais prazeroso, pois podia me dar ao luxo de comprar os exemplares solicitados inclusive o "Romance da Matemática" no qual tive como base para o meu TCC, hoje adoro ler cientifico, romance, sempre que tenho um tempo vago ou em viagem levo um livro para me distrair e aprender um pouco mais, preciso agora aprender a escrever, quem sabe escrevo um livro, o nome já é de escritor kkk.
       Vendo o depoimento do professor Nilson José Machado o trecho onde fala, “Ler é fundamental para seguir regras com consciência, mas a expressão pessoal é vital, e a escrita é essencial para Isso”. Concordo que somente através desses atributos é que estamos quase aptos a sermos um leitor perfeito.

Nelson Rodrigues

terça-feira, 23 de abril de 2013

Narrativa Interessante!


O Diabo dos Números
De Hans Magnus Enzensberger


O Livro: “O Diabo dos Números” conta história de um menino chamado Robert que durante algumas noites, sonha com um velhinho que se diz o diabo dos números, seu nome é teplotaxl. Na primeira noite Robert parece estar irritado com seus sonhos porque sempre eles são os mesmos, mas é então que aparece o diabo dos números e ele sente-se feliz porque não está mais sonhando os mesmo sonhos.
Robert a princípio não acredita na existência em seu sonho do diabo dos números e reclama que odeia tudo que tem a ver com matemática. E Robert conta ao diabo dos números sobre seu Professor de Matemática que odeia tudo que tem a ver com a Matemática. E Robert continua contando sobre seu Professor e seu hábito de comer escondido na sala de aula, rosquinhas.
E o diabo dos números diz não querer falar nada sobre o seu Professor de Matemática e a partir daí irá tentar mostrar a Roberto que aprender Matemática não significa fazer apenas contas, mais que elas são importantes assim como aprender a tabuada. Para começar o diabo dos números propõe a Robert iniciar pelo número 1 e com ele diz a Robert pode-se fazer quase tudo. Ele irá inicialmente mostrar-lhe os algarismos de 2 a 9 de uma maneira diferente e utilizando uma calculadora.
A partir da segunda noite Robert começa a sonhar com o diabo dos números e este vai inicialmente falar-lhe da importância do zero e do fato dos Romanos não conhecê-lo e por isso utilizarem tantos algarismos romanos (letras). Em seguida irá tentar argumentar com Robert sobre o fato do número 0 (zero), fazer diferença em uma sequência numérica, o sistema de numeração posicional e a utilização da potenciação para simplificar a multiplicação de um mesmo número.
Na terceira noite Robert percebe que não é fácil dormir para começar a sonhar com o diabo dos números, mas logo que consegue dá de encontro novamente com ele, que logo lhe propõe ensinar a dividir. Robert a princípio questiona dizendo que na hora de dividir, sobra resto e é uma chateação e o diabo dos números tenta ajudá-lo a sanar as suas dificuldades com a divisão, após uma pequena divergência consegue que seu aprendiz o escute e logo em seguida irá apresentar os números primos que são números com os quais, matemáticos vem quebrando a cabeça há mais de mil anos. O diabo dos números irá mostrar a Robert de uma maneira bastante didática os números primos, através do Crivo de Erástostenes e de algumas “curiosidades”.
Na quarta noite para vir o sono muito mais rápido e sonhar com o diabo dos números é mais fácil. Para Robert é sempre uma surpresa diferente e repleta de novidades, desta vez ele irá novamente dividir utilizando uma calculadora e poderá observar as frações decimais, as frações decimais periódicas e a noção de limite. Novamente o diabo dos números irá mostrar a Robert os números que saltam, elevando-se ao quadrado, ao cubo e saltar para trás, extraindo a raiz quadrada. Através de outros exemplos: sequências de caixinhas dispostas de maneira a utilizar tanto a potenciação quanto à radiciação para poder determinar á próxima ou a anterior e a diagonal do quadrado na qual ele faz referência ao número insensato (número irracional) e neste caso uma referência ao Teorema de Pitágoras. 
Na quinta noite o diabo dos números aparece de maneira novamente inusitada, em cima de uma palmeira com muitos cocos e o diabo dos números propõe a Robert que ele suba e após beberem a água começam a jogar os cocos e estes de forma bastante interessante caem no chão um após o outro formando triângulos, e a sequência com números triangulares logo estará formada e o diabo dos números irá mostrar a Robert que há muita matemática fazendo-se observações e assim novamente despertando as curiosidades e as possibilidades de argumentações. O diabo dos números diz a Robert que não há somente números triangulares e sim tantos outros com comportamento de uma sequência geométrica.
Na sexta noite o diabo dos números irá comentar sobre um amigo seu chamado Bonatchi um italiano que morreu faz muito tempo, um dos primeiros a compreender o 0 (zero). Novamente trata-se de uma sequência, conhecida como sequência de Fibonacci. Em seguida irá argumentar com Robert, que a natureza se comporta por vezes de maneira matemática. Robert comporta-se de maneira bastante diferente durante o dia, desenhando coelhos e murmurando números deixando sua mãe bastante intrigada.
Na sétima noite Robert antes de dormir coloca um pincel atômico no bolso do pijama. Após adormecer o diabo dos números irá construir com ele, utilizando cubos com algo diferente brilhando dentro deles, um triângulo, este conhecido como triângulo de Pascal. Onde parece que a matemática nunca tem fim, novamente ira perceber os números triangulares, os números que “saltam” e os números de Bonatchi.
Na oitava noite Robert irá sonhar que esta em sua sala de aula e seu professor será exatamente o diabo dos números, este irá dispor todos os alunos de sua turma para ensinar noções de permutação (troca de lugares), análise combinatória, “Bum!” (fatorial), combinação sem repetição (apertos de mão), entre outros conceitos. É interessante perceber que Robert pensa diferente do que pensava anteriormente, ele percebe que não se pode confiar naquilo que se sonha, mas pode-se acreditar sim, nos números.
Na nona noite Robert estava com uma gripe muito forte e após ler alguns gibis, ficou muito cansado, adormeceu e teve um sonho muitíssimo estranho, sonhou estar com febre e o diabo dos números estava lá ao seu lado. Neste sonho irá desfilar segundo as ordens do diabo de números, várias sequências de números e cada uma com uma cor diferente. A cor branca representa os números em ordem crescente, depois são os ímpares de vermelho, os números primos de verde, e assim por diante. Até que depois de vários outros exemplos se utilizando: números naturais, séries aritméticas, sequências, números ímpares, frações simples, entre outros, ele irá acordar e a febre já terá passado.  
A décima noite Robert sonha que está em cima de uma mochila, no meio da neve, parecia estar no polo norte e havia em seu sonho um segundo Robert e ele pensou se seria possível em seu sonho sonhar com ele mesmo. Este segundo Robert estava na sua cadeira confortável de vime e estava vendo o primeiro Robert tremer de frio. O segundo Robert, o Robert verdadeiro estava observando que não havia um único floco de neve que fosse igual ao outro, em geral, tinha seis pontas ou raios. E logo em seguida aparece, o diabo dos números e transporta-o em seu sonho para uma sala onde um computador especialmente para ele. Após começar digitando uma sequência, novamente a de Bonatachi, questiona Robert, ele irá navegar em tantos outros assuntos interessantes como: os cristais de neve, curvas de Koch, frações contínuas, frações decimais, frações decimais não periódicas, fractais, fórmula de Euler, arestas (linhas), limites, malhas, nós (vértices), números insensatos (números irracionais), poliedros, polígonos, octaedro, anel de tetraedros, entre outros.
A décima primeira noite Robert sonha que seu Professor esta correndo atrás dele e de repente são vários Professores Bockel no seu encalço e ele começa então a gritar por socorro e é então agarrado e puxado para uma galeria envidraçada. E novamente o diabo dos números esta naquele local no seu sonho e o conduz a um elevador privativo que sobe para o último andar.
Os dois irão parar num terraço maravilhoso onde Robert irá contar ao diabo dos números sobre o que pensou a respeito de tudo que lhe havia lhe mostrado. E o diabo dos números irá falar para ele que seu tipo de questionamento é aquele que um matemático de verdade faria e que ele mostrou várias coisas a Robert e somente mostrar é fácil e divertido. Conjecturar coisas não foi nada mau, experimentar se a conjectura é verdadeira foi ainda melhor, mas o que importa é a demonstração. E o diabo dos números irá contar a Robert alguns problemas interessantes e que muitos destes ainda não tiveram solução, e que isto significa que a matemática nunca estará pronta e acabada e que sempre haverá algo por fazer.
Robert há algum tempo não sonhava mais com o diabo dos números e vivia tentando buscar soluções para alguns problemas não resolvidos. Uma noite, Robert dormia um sono pesado e tranqüilo quando em seu sonho o diabo dos números bateu com insistência na porta de seu quarto, trazendo consigo um convite para o jantar. O diabo dos números levou Robert voando em suas costas e logo chegaram a um palácio, onde ele como convidado foi apresentado para vários matemáticos importantes e ilustres, dentre eles: Bertrand Russel, Félix Klein, Georg Cantor, Leonardo de Pisa ou Fibonacci, Pitágoras de Samos, Leohard Euler, Carl Friedrich Gauss e Arquimedes de Siracusa.
O diabo dos números se despediu de Robert e logo em seu sonho ele começou a dormir e somente acordou com sua mãe chamando-o para ir a escola. Algo mágico havia permanecido após o último encontro com seu amigo, o diabo dos números, era uma estrela de cinco pontas que indicava que ele permanecia em sua ordem.
Robert adquiriu segurança e perdeu o medo e o trauma da matemática, resolvendo até mesmo os problemas que seu Professor, senhor Bockel propôs em sala de aula.      

DEPOIMENTO / OSMAR

Sempre gostei de ler sobre os mais diversos assuntos, mas tenho dificuldades em terminar a leitura de livros. Só consigo terminar a leitura se o livro me cativar muito. Será isso muito anormal? 
Mas o que me empolga mesmo nas leituras, é de fato estar em lugares que jamais estive, e por meio das leituras isso é possível. Como sou professor há pouco tempo, descobri a leitura de histórias da matemática durante esse tempo (aprox.10 anos), e já vivenciei vários fatos durante minhas leituras, o que tornou minhas aulas de matemática muito mais interessante (acredito). [...] Porque ninguém é capaz de inventar uma vida a partir do nada [...] Contardo Calligaris. Acredito nessa fala, pois a partir das historias matemáticas conseguimos “reinventar” algumas situações e cativar algumas pessoas, e ainda, podemos entrar dentro das historias e visualizar tudo aquilo que foi realizado na ocasião.  Isso é maravilhoso!


DEPOIMENTO/LÚCIO

As lembranças que tenho sobre leituras são muito vagas e me recordo da coleção Vaga Lume, recordo-me também de livros como: A Ilha Perdida; Capitães de Areia; Senhora; A Moreninha; entre muitos outros. Tinhamos a obrigação de ler para realizarmos resumos, porém muitos desses livros nos faziam viajar para um mundo que não era aquele de nosso contexto, lembro da dificuldade que meus pais tinham para comprar esses livros e muitas vezes pedíamos os livros emprestados.  
 
Na disciplina de Matemática não me recordo de ter lido nenhum livro no ensino fundamental e médio, somente na licenciatura li alguns livros, tais como: O Diabo dos Números. Sempre me preocupei em fazer relações entre o conteúdo trabalhado e a história da Matemática. Entre outros exemplos, posso citar Gauss, Euler, Pitágoras, entre outros.